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Croquis

Teatro Experimental do Negro

Em um esforço de análise dos trajes de cena do Teatro Experimental do Negro (TEN)  as estudantes de Cenografia e Indumentária (UNIRIO) Bruna Lima, Clara Vasconcellos e Maria Clara Sardinha, criaram croquis acadêmicos das peças O Imperador Jones, de Eugene O'Neill, Aruanda, de Joaquim Ribeiro e Sortilégio, de Abdias do Nascimento. A análise completa pode ser encontrada na edição 0 da Contato Cênico.
Abaixo, podem ser vistos os croquis acadêmicos juntamente de breves descrições e apresentações escritas pelas autoras.

O Imperador Jones

No final do ano de 1944, no Rio de Janeiro - Brasil, foi fundado o Teatro Experimental do Negro (TEN), idealizado e dirigido por Abdias Nascimento (1914-2011) com o intuito de valorizar o negro e sua cultura por meio da arte. A primeira peça apresentada pelo grupo foi O Imperador Jones, de autoria de Eugene O´Neill. Esse espetáculo, no entanto, possuía investimento escasso e com isso, os figurinos eram de grande simplicidade, porém igualmente grande importância.

Foram realizados croquis acadêmicos de autoria da aluna Clara Vasconcellos, dos principais indivíduos citados com base em suas origens e características físicas, psicológicas, têxteis, socioeconômicas, origens etc. Esses esboços são firmados nas descrições dadas no escrito e sem visão de valores captados para qualquer espécie de projeto.  Os croquis foram feitos com a utilização de lápis de cor. No canto superior esquerdo está o nome do personagem, e, em volta das figuras, as características conforme o roteiro de O'Neill.

Aruanda

Aruanda, de Joaquim Ribeiro, foi mais uma peça encenada pelo Teatro Experimental do Negro (TEN), idealizado e dirigido por Abdias Nascimento (1914-2011). Foi um espetáculo estreado no Teatro Ginástico em 1948 e tem seu cenário na Bahia. A peça formada por baianas, negros e crioulos, foi a primeira produção que privilegiou os trajes típicos das religiões afro brasileiras, misturando referências de países africanos com construções brasileiras, apresentando turbantes, pano da costa, saias volumosas e estampas.
 

Com base nesses conhecimentos, foram realizados croquis acadêmicos de autoria de Maria Clara Castro dos principais indivíduos citados com base em fotografias e enredos de cada peça.

Por meio do artigo e da execução dos croquis, queremos ressaltar as características dos figurinos e que isso seja uma parte importante para a identificação e reconhecimento do negro, tanto no teatro e suas diversas vertentes, quanto na sociedade brasileira.

Sortilégio

Sortilégio, outra peça produzida pelo Teatro Experimental do Negro (TEN), escrita e dirigida por Abdias Nascimento (1914-2011) foi encenada pela primeira vez em 1957 no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Talvez sua obra mais conhecida. A peça tem seus trajes com forte inspiração nas roupas de rituais da umbanda com as Filhas de Santo no terreiro e do Emanuel, personagem principal que nega sua cultura, que veste roupas sociais e terno.

Com base nesses conhecimentos, foram realizados croquis acadêmicos de autoria de Maria Clara Castro dos principais indivíduos citados com base em fotografias e enredos de cada peça.


Dessa forma, é visível que os figurinos descritos e executados, mesmo com a sua escassez, foram um elemento cênico importante para o grupo e para o teatro brasileiro moderno.

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